terça-feira, 30 de outubro de 2007

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

(Carlos Drummond de Andrade)

3 comentários:

O Tal padecer no paraíso. disse...

..o q falar deCarlos Drummond de Andrade???!!!
texto conhecido...
texo q é a pura verdade...
...sem palavras..prefiro pensar só...prefiro sentir só...

O Tal padecer no paraíso. disse...

bom...voltei..apos ter uma aula de Psicanalise..resolvi comentar outra vez essa sua postagem...ai vai...

Nós só consideramos amor, qdo o outro demostra amor por nós, nos sentimos amadas, nos sentimos o maximo,amamos nós mesmos...por isso o amor é puro narcismo...

sera q me fiz entender???

Anônimo disse...

Tem um poema de Neruda, que um ex-namorado declamou pra mim depois de decorar do livro que dei a ele, que é bem parecido com este, mas é mais melancólico. Gosto de Neruda e tbm de Drummond.

Qdo tiver tempo, termino de ler os outros textos daqui.
Beijos.